terça-feira, 5 de maio de 2009

ANTÓNIO NEVES TRI CAMPEÃO NACIONAL DE ORI BTT

António Neves

(correspondência na primeira pessoa)
Olá companheiros
Agradeço desde já todas as felicitações e palavras de incentivo. De facto um dos objectivos da época era lutar pela revalidação do título de campeão nacional de distância longa no meu escalão, até porque gosto do prefixo “tri”...
Desde a minha primeira “incursão” no O-BTT em Abril de 2004 em Alcaria/Vidigueira senti que já deveria ter investido mais na modalidade, numa época em que ganhou a taça de Portugal em V1 o Luís Sousa e o Jorge Baltazar em 2º.
Na época seguinte entrei de mansinho já no escalão V2 e fiz 6 provas, fiquei em 11º na taça com uma média de 80.3 com o Inácio Serralheiro em 1º e o Francisco Moura em 2º. Nessa época o Camp. Nac. (junto à lagoa de Óbidos, onde iniciei alguns triatlos no passado) foi dominado pelo Inácio, mas na distância longa já fiquei em 4º depois de uma queda ao 2º CP que me obrigou a fazer o resto da prova sem selim !!!
Em 2005/2006 surgem os escalões de idade idênticos ao pedestre na taça, participei em todas as provas do taça e posicionei-me em 2º no H45 com média de 94.3, logo a atrás do Francisco Moura que ganhou este troféu e à frente do José João Moura, um dos meus rivais mais aguerridos. O Camp. Nacional disputado no escalão V2 em Grândola (em apenas uma distância somatório de dois dias) teve como vencedor o Inácio, em segundo o Francisco Moura e já me posicionei em 3º.
Na época 2006/2007 voltei a fazer todas as provas da época, ganhei a taça com 100% de média e nos Campeonatos Nacionais em Penela venci a longa (com o Mário Duarte em 2º e o Luís Sousa em 3º) na média e no sprint fiquei em 2º atrás do Luís Sousa e à frente do Mário Duarte.
Em 2007/2008 com uma assiduidade sofrível (apenas fui a três provas) fiquei em 13º na taça, mas lá consegui vencer o Camp. Nac. na distância longa em Cantanhede.
Esta época, com a preparação do XPD novamente a intrometer-se (desta vez como participante), comecei por faltar às duas primeiras provas, faltei ainda à prova que se realizou na semana a seguir à CA do Mondego por gripe, mas desde Março participei nas provas de Cós e a de Torres Vedras e orientei o treino com o objectivo Camp. Nac. 2008/2009.
Sentia-me bem preparado fisicamente, mas não consegui fazer os treinos de mapa a que me propusera. A agravar, a avaria na suspensão forçou-me a fazer treinos só de estrada nas duas semanas anteriores à prova (e mapa nada). Recebi a BTT na véspera da prova e nem a experimentei... (nem a suspensão Black emprestada; inferior a minha Skareb).
Pelas inscrições pude verificar que lá estavam todos os meus ilustres (e amigos) rivais da época, mais o Paulo Mourão e o famoso Santos Sousa, o que me deu a expectativa de um grande desafio para conseguir atingir o meu propósito.
Na sexta-feira, dia da prova longa, saí do Barreiro com o Vasco já um pouco atrasados, com a agravante de trânsito muito lento na A1, obrigou-me a equipar à pressa (quase não tive tempo para as necessidades do costume) e partir sem aquecer. Fui com andamento moderado, para entrar bem no mapa e “preparar as pernas”. A partir da metade da prova sentia-me a memorizar bem comecei a meter a “talega” e passei para a frente, ia comprometendo tudo no último ponto (200) ao confundi-lo com o finish, perdendo mais de 1 minuto nesta parvoíce. Nem queria acreditar enquanto, à medida que esperava pelos meus rivais, o tempo me ia permitindo perceber que o 3º título consecutivo estava garantido.
No dia seguinte de manhã, na prova de distância média, a pouca concentração e dificuldade de memorização obrigou-me a muita consulta e vários erros, classifiquei-me em 5º.
Durante a tarde refugiei-me na fresca sala do solo duro, alonguei e dormitei (nunca consigo dormir nada de jeito nestes pavilhões ressonantes) bebi uma cervejola, e às 17 horas aqueci bem (50 minutos) e dei comigo a explodir na prova de sprint, que liderei do princípio ao fim com um avanço de 1 minuto e 30 seg. sobre o José João, e assim conquistar pela primeira vez o título na prova de sprint.
Todo este paleio para ressalvar a importância de que no desporto os resultados se conquistam com tempo, persistência, empenhamento nos treinos e uma ponta de sorte. Acreditar e lutar durante a prova, mesmo quando já fizemos alguns erros.
A sorte aparece quando nós também ajudamos: não furei, a opção por pneus novos IRC/Mithos 2.10 atrás e 1.95 à frente revelou-se adequada ao terreno (pude arriscar nas descidas e nunca perdi tracção nas subidas), nos trilhos de eucaliptal reforcei a atenção e moderei o andamento e não tive azares com o dropout nem raios partidos (o que aconteceu a muitos).
Na taça está tudo muito difícil (o primeiro já tem dono) mas ainda vou a Cordova para ver se consigo entrar no trio da frente.
Agora o principal objectivo é Gerês em Junho!


Crónicas do Joaquim Margarido:
NACIONAIS DE ORI-BTT 2009 E V CAMPEONATO IBÉRICO: OPTIMUS VICI!
NACIONAIS DE ORI-BTT 2009 E V CAMPEONATO IBÉRICO: PROVA DE DISTÂNCIA MÉDIA
NACIONAIS DE ORI-BTT 2009 E V CAMPEONATO IBÉRICO: PROVA DE SPRINT

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